Antifrágil em tempos de crise
Não se engane pensando que esse conceito seria algo como a habilidade de ser forte ou resiliente, como um significado oposto ao que entendemos como ‘ser frágil’.
O Autor do livro que lançou o conceito é um professor líbano-americano Nassim Nicholas Taleb. O antifrágil é aquele que consegue lidar com as adversidades ou imprevistos, aceitando os fatos e sendo capaz de aprender com ele. Uma pessoa sem essa habilidade tende a negar fatos, ou mesmo lutar contra uma realidade, levando-o a um estado de maior sofrimento e menos aprendizado.
Para que você faça uma reflexão de como está a sua habilidade antifrágil, pense:
Diante de um imprevisto: Você gasta energia reclamando/ preocupado ou você procura entender o contexto?
Diante de uma notícia inesperada, você reage imediatamente ou procura entender o que se passou?!
Quando algo vai contra a sua vontade, você tente a fazer oposição ou você é capaz de estabelecer uma estratégia de ação?
Depois de passar por uma crise, você consegue identificar o que aprendeu?
Veja que uma pessoa antifrágil é proativa e consciente de sua realidade, antes de reagir ela entende o que se passou, aceita a condição que o momento impõe e consegue aprender com os erros ou dificuldades, evoluindo seu repertório emocional diante de crises.
Talvez o conceito se confunda com resiliência. Mas para Taleb, quanto que resiliência tem relação com a capacidade do indivíduo em sofrer os impactos de uma grande mudança, ele segue firme em direção aos seus objetivos, ou seja ele resiste e não muda, enquanto que o antifrágil tira lições valiosas ao passar por algo que abale suas estruturas.
O autor traz o conceito do “Cisne Negro” que se caracteriza por serem fatos imprevisíveis, que geram um grande impacto ao status quo e depois de sua ocorrência, busca-se maneiras de prever e explicar esses cenários.
É por isso, que uma habilidade imprescindível de uma pessoa antifrágil é o de tomar decisões, assumindo os riscos diante das incertezas de uma crise, sendo capaz de transformá-las em algo para benefício próprio (como, por exemplo, em termos de negócio).
Essa que é uma virtude do ponto de vista de Taleb, que no entanto, na realidade que vivemos é um conflito ético em plena discussão. – E o que você acha de quem está sendo capaz de converter as dificuldades do COVID-19 em oportunidade de negócio: essa habilidade é positiva ou oportunista?
Você está conseguindo ser antifrágil nessa crise do COVID-19? De 0 a 10, como você avalia a sua capacidade de lidar com o indesejável? Ele é sempre um problema ou uma oportunidade?
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